Pertence por méritos próprios, ao seleto clube de escritores espanhóis (ela nasceu em Montevidéu, mas se mudou pra Espanha em 1965) que é possível viver de literatura. Vem de Londres de promover os seus livros, traduzidos em quase todos os idiomas europeus, o brasileiro e o japonês.
Acaba de completar cinquenta anos, uma idade que lhe permite enxergar pra coisas com certa concepção. Existe muita diferença hoje entre vender um livro e unapastilla de sabão? Quase nenhuma. Agora há muito marketing em literatura, não apenas em Portugal, e aqui, mas Juan Marsé e Eduardo Mendoza, todos os escritores necessitamos fazer promoção.
Quanto tempo levou pra escrever este romance? Quase dois anos. E a verdade é que, utilizando tal tempo, você é a mais interessada em fornece-la a conhecer e vender. Porque você é uma escritora profissional. Sim. Eu tenho a sorte de que vivo do que escrevo. Como o senhor vê a situação da literatura atual em Portugal: é tão má como a de tv?
Para nada: vejo muito melhor. Neste momento, eu vejo um assunto muito rico, contudo eu não imagino o que ficará de tudo isso, dentro de alguns anos. Então não tiraría diversos livros para a piscina? Não, eu não sou Limiar.
Mas fornece vertigem sonhar tudo o que se publica, desta forma, não há forma de estar por dia. Dizem que a partir dos quarenta se deixa de ler ficção e começa a ler coisas de história, biografias e memórias. como você tem passado?
voltei …